RELATO DE VIAGEM -LISBOA VIII

Foi até o seu estabelecimento comercial e trouxe a tal fatídica peça, causadoura de tanta canseira.
Ele mostrou-a ao Guto que feliz da vida, disse: ´´ é essa mesma,..grannnde Manoel...até que enfim alguém, me entendeu..`´
E o Manoel, prontamente pergunta ao Efrain se ele tinha aquilo pra vender,...kkkk, no que ele responde negativamente.
Nossa ,..quase tive um surto naquela hora, não aguentava mais ficar lá em pé, esperando...esperando...kk.
O bondoso amigo Manoel, então nao desistiu de nós, estendeu a peça pro Guto, e disse que ficassemos com ela então.Nós insistimos em pagar, mas ele de jeito nenhum quis aceitar.
] Até que o Efrain, decidiu aquele empasse.
Disse ao Guto que se tivesse aquela peça pra vender, seria á um preço de 1 euro e tal...então, tirei 2 euros do bolso e dei pra ele,..que ainda resmungava que não..
E fomos saindo de lá , agradecidos e emocionados, pela atitude desprendida do nosso mais novo amigo.
Seguimos então com as nossas andanças pelo bairro, com a sensação boa de que nem tudo esta perdido, e que o mundo ainda tem salvação, kkkk. E que pessoas boas e generosas, ainda existem, e que muitas vezes as encontramos onde menos esperamos.
Na descida do morro,..que a florzinha gentilmente me corrigiu,..então prefiro dizer ladeira,...pudemos ainda filmar o nosso amigo Manoel e o policial Joaquin, que conversavam sossegadamente em frente a barbearia.
E então percebemos o quanto se misturam os turistas, os imigrantes e os lisboetas verdadeiros , a viverem na linda Lisboa.

Relatos de Viagem- Lisboa VII

Entre as idas e vindas,fotos e filmagens, nós percebemos que não tinhamos um ``T``, para tomada, e assim não seria possível descarregar fotos, e pra variar um pouco, no Hotel nao tinham tambem um que fosse compativel com nossos aparelhos.
Saimos então á caça, de uma loja que vendesse a peça.
E depois de muito andarmos, chegamos ao Bairro Alto, e já cansados, resolvemos perguntar para dois senhores que conversavam em frente á uma barbearia.
Um , era policial, estava fardado e chamava-se Joaquim, o outro, dono do estabelecimentos, era o Manoel.
O Guto, tentou por um bom tempo, sem sucesso alias, explicar-lhes o que queriamos comprar, e onde poderiamos achar aquilo,..kkk.E ria muio nessa hora , porque todos os tres, falavam juntos e alto,..gesticulando, como se estivessem travando uma luta, e ninguem se entendia ,claro...
Até que o coitado do Manoel, teve uma santa idéia, e pediu que o Joaquim ficasse ali tomando conta do estabelecimento dele.E foi subindo a ladeira, conosco em seu emcalço. Sempre olhava para tras, vendo se ainda estavamos acomponhando os seus ´passos, que iam rapido,..e nós,.cada vez mais ficando ....kkk.Devo confessar, nao aguentava mais andar...dirá subir ladeira...kjk.
E eu, apavorada , pensando com meus ´´botões´´, se tinhamos feito a coisa certa, afinal, não o conheciamos. Mas enfim,.,.´´ entreguei para o divino ´´, como dizemos cá.
Chegamos á uma loja de eletricos, o dono era Efrain, simpatico, alegre e muito solicito...tenava acompanhar os gestos e falas dos dois, Guto e Manoel, mnas sem sucesso...kk.
Até que o Manoel teve uma outra idéia,..kkkkk...e pediu que ficassemos ali, que o esperassemos la mesmo, que logo retornaria...

Relatos de Viagem - Lisboa VI

A noite, os pássaros ainda cantavam no parapeito das janelas, o que não me lembro de ter ouvido nunca isso no Brasil, será que os passarinhos daqui são mais preguiçosos?
O burburinho das pessoas diminuía e podíamos ouvir ao longe um fado triste tocando , mas isso não me entristecia. Muito pelo contrário, me chamava para fora do hotel, apesar do frio e da chuva fina que teimava em cair,...
Perto dali existem muitos cafés, restaurantes, bares, lojas, igrejas,..nos primeiros dias, eu e o Guto, visitámos algumas igrejas das proximidades e em todas eu pedia moedas para que fossem colocadas na caixa de esmolas. Assim eu tinha direito a uma vela, que era acesa com o pedido de saúde para a nossa familia, amigos e um agradecimento especial por estarmos ali; o detalhe chato era que sempre ao acender a vela , eu conseguia apagar as outras, e o Guto resmungando, mandava-me acender as que eu havia sem querer, apagado.
Como eram muitas, não sabia ao certo qual,então ficávamos o maior tempão ali, acendendo vela por vela, pra garantir que o pedido da pessoa fosse atendido. kkk.
É claro que o irmão, já não aguentava mais entrar comigo em igreja, também por isso...kkkk.
Andamos horas pela Praça do Comércio e suas redondezas, a Sé, o Convento do Carmo, O Parque Eduardo VII, o Centro Cultural de Belém, o Castelo de São Jorge, e tirei a famosa foto junto ao Poeta maior, Fernando Pessoa. Aproveitámos para darmos conta do noso roteiro ja programado com antecedência, digamos , um ano..kk.
Fiquei encantada com o Castelo de São Jorge, todo imponente, com suas muralhas medievais, construídas no seculo X, e a capela da senhora da saude. Mas o primeiro mesmo, a nos receber de braços abertos, foi mesmo o Arco da rua Augusta.

RELATOS DE VIAGEM - LISBOA V

Não senti tanto a falta do arroz e feijão quanto o Guto, que alias passou mal, sentia-se fraco, até que encontramos o Restaurante Chimarrão, no Armazén do Chiado, e ele pode matar saudades da comida caseira.
Dizer que amei LIsboa Velha, é pouco.Me senti mesmo em casa, como se morasse ali por toda a minha vida.Achei até um lugar muito giro pra depilar , enquanto o Guto espera não tão pacientemente lá na antesala, lendo revistas, e falava e falava com a moça que era manicure,..no que ela só ria e chacoalhava a cabeça,..depois ficamos sabendo que ela era surda e muda,..claro,.nem fazia ideia do o Guto falava,..kk.Agora o mais engraçado, foi que a funcionária me pergunta se ele depilaria tambem,..kkk..e se era o peito..kkkkkkkkkkkkk..quase cai da maca naquela hora,...kkk,..primeiro que o Guto nem pelos tem no peito,..quase.E quando falei pra ele sobre o comentário dela,..dai ele ficou mais bravo ainda..kkk.Já não bastava ter ficado esperando horas,...kk.
Lisboa é mesmo uma região impregnada de vida e historia,.. andavamos pelas ruas vitoria e augusta, como se sempre tivessemos passado ali.Acredito que seja pelo fato de ter lido muita coisa nestes 3 anos sobre Portugal.
Se eu acreditasse em reencarnação, diria que vivi lá em outra vida.
Ficamos hospedados no Hotel Duas Nações, no centro, próximo ao Chiado, Praça do Comércio, junto ao Tejo e o Rossio. O nosso quarto, dava de frente a um café, onde os carros não passavam nesta rua.De manhã, podiamos ouvir o som de uma gaita de fole, passaros cantando e o movimeno rápido das pessoas, passando e indo para o trabalho.
E o frio lá fora,...cortava....

olha lá o pobre rabino tentando fugir das lentes da minha camera,..kkkkkk

Relatos de Viagem -Lisboa IV

Durante o voo, um rabino, todo vestido de preto chamava a atenção por seus trajes nada comuns, e por sua imensa barba branca , que sem mentira nenhuma, ia até quase ao peito dele...rara a figura!!
A confusão, começou nem bem o avião decolou. O dito cujo, estava sentado ao lado de um espanhol, que por coisa do destino, não havia conseguido lugar proximo da sua esposa italiana,que ficou sentada, algumas fileiras a frente dele.
Enquanto o amigo rabino foi até à casa de banho (wc), os dois conseguiram que a passageira ao lado da esposa dele, uma paraguaia, se sensibilizasse com a situação de ambos, e trocasse de poltrona com ele.
Na volta, a Loredana, este é o nome dela, ja se encontrava instalada e ouvindo música no seu fone, cumprimentou amigavelmente o nosso rabino, que entrou em ´´surto´´ quando a viu ali no lugar do espanhol.kkkkkkkkkkk....Falava ora em hebraíco, ora em ingles, misturou alemão e acho que até latim,..kkk, de tão nervoso que ficou.Gesticulava muito e babava até,....
E já agitado , vermelho, tentava convencer o espanhol a retornar ao seu assento, claro que, sem sucesso!!!
E riamos a cântaros, nós os vizinhos, da situação inédita do pobre...Mas nos divertíamos, sem saber na verdade qual o motivo exacto para aquilo tudo.
Como ele nao obteve êxito, foi perturbar a tripulação, que não achou nenhum lugar vago no avião para colocá-lo. A chateação dele foi tanta, que as aeromoças já não passavam mais pelo nosso corredor, evitando assim a ira do rabino.
E ele foi ficando ali,...bufando, arfando, inconformado..kk. E atrapalhando o caminho de quem estivesse em ´´trânsito`` por ali. Mas tendo passado meia hora, contados no relógio americano do meu vizinho de banco, que vinha dos Açores, com destino a Madrid, ...ele vira e mira aqueles olhos pequeninos , já cansados, no alto dos seus 88 anos,..mais ou menos,...e me pergunta em ingles, se o Guto , ao lado, era ´´my family``,..e eu, respondo no meu parco inglês, que ``yes``.
Mas daí, ele passa a gesticular e falar junto, se eu nao poderia trocar com ele de lugar,..kkkk. Eu pensei, e disse que sim, já me levantando , falando em português, que não queria que ele ficasse até Madrid em pé,..então faríamos a troca. E como boa escoteira , faria a minha boa acção do dia.kkk.
Claro que ele não entendeu nada do que eu disse, mas sabia que trocaríamos de lugar, e me agradecia insistentemente : ``thank you, thank you``.
Entre sussuros dos ``vizinhos`` dizendo que nao trocasse nada, que deixasse ele ali mesmo, que aprendesse a conviver em sociedade,..etc..etc.
Quando fui acordar o Gutinho e avisá-lo da situação inusitada, me
arregalou aqueles olhos já tão grandes,..kkkkk..como quem diz : `` me aguarda irmã,..me aguarda,..tu vais ver...``,..kkkkkk. Não sou nenhum escoteiro, nem madre Teresa de Calcutá,..você se dispõe a fazer a boa ação, e sou eu que ``pago pato``.
O guto foi até ao final do corredor, e traz o padre Inácio, para exorcizar, o nosso inquieto rabino, que dormia neste momento. Depois ele explica, entre risadas, que faz parte da ordem dele, o rabino ortodoxo, não poderia mesmo vir sentado próximo de mulheres.
Ao final do vôo, estávamos todos amigos, contando piadas, ``causos`` acontecidos em outras viagens, trocámos emails, telefones, endereços e promessas de um breve reencontro.
Com alguns até estamos nos falando diariamente, via msn, e como voces, recebem este relato da viagem.

Relatos da viagem a Lisboa - III

Quando chegámos ao aeroporto de Lisboa, ninguém nos aguardava ! Primeiro devido a um email com data e horário trocado, que enviei a uma certa pessoa…kkk,..e como os últimos dias foram uma loucura total, nem havia percebido a confusão - que para variar, me 'persegue' : trapalhadas -,..kkkk.

Mas tudo bem, afinal,ninguém tinha obrigação de nada, e como vimos 'in loco', o aeroporto fica distante, a horassss do centro onde ficaríamos.
Quando liguei para Paula ( areia branca), vi que estava no hospital e, que ainda passava por sérios problemas de saúde, de ordem familiar. Entendemos bem a situação , pois aqui temos quase o mesmo problema, com o pai.
Combinei dali do aeroporto mesmo, que ligava depois dando melhores coordenadas, pois estava louca para abraçá-la e começa,r mesmo cansada e passada pelo fuso horário, ...a fazer fofocas,..kkk...

Mas como fomos para o ´´duas nações´´, depois do banho, cansados -afinal viajávamos desde sexta-feira -, dormimos até ao outro dia às 13:00 horas. Na ânsia de vermos as ruas, as pessoas, e respirar o ar de Lisboa, esquecemo-nos completamente da Paula, do Emanuel, dos meus pais, do Brasil, enfim....
Me apaixonei logo de caras pela rua Augusta, o piso de mosaico, o arco, as pessoas bonitas, bem vestidas, o cheiro de castanha assada na brasa,..... devo confessar que foi meio estranho e confuso nos primeiros dias,...porque por falta de um telefonema nosso, a casa caiu no Brasil,..kkkk..movimentou até o nosso ´´tio´´ Ivo, o lord hh, do paltalk, e voi , no msn.
Bem na verdade, ele não é nosso tio consanguíneo,mas é mais tio do que se parente fosse mesmo.
Bom, como eu dizia,...o Ivo se movimentou, e como ele tem nick no paltalk, entrou na sala 'sanzalita', se apresentou, fez um nick para o Valdemar, meu pai, e assim, todas as noites eles adentravam na salita, e ficavam sabendo de todas as nossas andanças, alias, viam as fotos primeiro que eu e guto...
e quando ligávamos a noite para casa, eles tinham coisas também para nos contar de Lisboa... kkk, .muito legal.estávamos mesmo em familia, e eles mais descansados certamente.

Quando liguei novamente para Paula, ela me deu uma bronca tamanha...kkkk..nunca me esqueço do seu grito ao telefone : ´´`` ´´oóoo.;.tuliii.. Que andas a fazer????,...estão a vadiar é????..o que se passa???..porque não ligaram antes??? O que houve com o Guto??? A Oondina,, (flor do campo) esta brava contigo, afinal tu não ligaste pra ela,....etc..etc...kkkkkkkk..... Quando consegui falar,...eu ria, kkk.. e pedia desculpas..kkk afinal, nem sabia que Sintra ficava vizinha de Lisboa, achava na minha santa ignorância, que a cidade ficaria a uns 400 km de distancia, como Coimbra....etc...
Mas uma coisa boa, dessa confusão na chegada resultou em uma amizade muito querida para o nosso tio, meu pai,...minha familia,..todos ficaram mais próximos, inclusive por coincidência, o Ivo também é oficial de justiça aqui no Brasil, como a nossa “areiinha”. Eles ficaram amigos,...isso foi super legal, porque são pessoas mais do que especiais para nós.

No outro dia , telefonei para o Emanuel (blackcriolo, tambem do paltalk), amigo há três anos, muito querido também, e ele ficou surpreso pois eu já havia chegado. Combinámos vermo-nos no sábado , antes do nosso jantar "da sala" , pois ele nao poderia ir ter conosco .
Convidei tambem o dimuka, que levou a dulce, sua esposa querida, mas na sexta-feira,..kkk , pois claro ,...eu havia mandado um email errado novamente com data trocada,..kkkk...mas gentilmente os dois foram no sábado ao jantar certo desta vez,..kkk...e aqui aproveito para pedir novamente desculpas, mas eu sempre fui assim, não sei o que me acontece,..kk.antes quando eu era mais nova, eu ficava para morrer quando pagava 'micos' assim...ficava envergonhada, e não sabia onde colocar a cara,..kkk mas agora , já madura, eu dou risada de mim mesma,...pois sei que depois de tantos anos,..jeito não tem mais... Então,.. melhor juntar-se ao inimigo..kkkk.
Eu e o Guto, aproveitámos Lisboa nesses dias , com o meu roteiro pronto e traçado, já desde o Brasil, com tudo o que queria comer, ver , fotografar, filmar e comprar,..kkk,..ahhhh..e beber também, claro.

Me impressionava muito a cada dia em Lisboa, a sua gente, tão solidária, receptiva e prestativa. Tivemos prova disso, desde Madrid. Já no aeroporto, no nosso hotel, que sempre deixava escapar um ``nossa casa``,..kkk.
E quando eu andava pelas ruas, era mesmo um sentimento assim que me acompanhava, como se eu estivesse em casa, como se voltasse em segurança para casa,... Kkk.. Aliás, a recepcionista do ´´Duas Nações´´e uma outra amiga nossa, quase tiveram um 'treco', quando nos viram portando notas, algumas, sem muito cuidado nas ruas. Mas na verdade estavam seguras conosco, não era como se andassemos nas ruas do brasil, portanto não nos preocupavamos tanto. Mas nem por isso deixávamos de ter cuidado. Enfim, outra coisa maravilhosa em Lisboa, é o fado, sem esquecer claro, a gastronomia. É impressionantte como o Brasil só foi influenciado por um lado da cozinha portuguesa, que é o da comida mais pesada, como o cuscuz e a bacalhoada.
Percebi que lisboeta gosta demais de batata e peixe e tomar vinho.